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Como o coronavírus pode afetar a bolsa de valores

Roberto Coutinho

“A única preocupação que você deveria ter nesse momento triste é em relação às vítimas dessa epidemia. Se não está conseguindo dormir preocupado com o que o caronavírus pode fazer com seu o patrimônio, talvez nem devesse estar na renda variável”.

Como eu sou um cara que amo estatística, fui atrás de dados que mostrassem o que aconteceu com a bolsa de valores em outras ocasiões de epidemia na história recente. Eis que me deparo com a tabela abaixo: 

A tabela acima mostra o que aconteceu com o índice americano S&P500 nos respectivos anos de ocorrência de epidemias. Foram 12 situações diferentes na história, cujas epidemias foram causadas por diferentes vírus. É possível vermos que somente em 2 ocasiões (Rubéola e HIV) a bolsa fechou o ano no negativo (na verdade nos 12 meses subsequentes e não necessariamente no dia 31 de desmembro de cada ano).

Gosto ainda mais do gráfico abaixo, que demonstra de forma ainda mais profunda o real impacto das epidemias nas bolsas mundiais. A tabela abaixo mostra a relação das epidemias com a variação anual do MSCI World Index, que é o índice que representa as maiores empresas ao redor do mundo. Esse índice te dá uma boa noção de como está caminhando as bolsas de valores ao redor mundo, na média.  

Na primeira coluna (1-month) é possível observar que há sim um pânico inicial gerado pelas epidemias nos investidores, porém, no terceiro mês o MSCI index já estava novamente positivo, em quase todas as ocasiões epidêmicas.

A conclusão que chegamos é que o coronavírus provavelmente não passará de mais um ruído na história do mercado financeiro mundial. As empresas continuam de pé vendendo seus produtos e serviços e agregando valor aos acionistas (isso vale para as empresas bem fundamentadas, é claro!).

Roberto Coutinho Machado
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